segunda-feira, 13 de abril de 2009

RESSUSCITOU. ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA






"Urgente descobrir perspectivas capazes de devolver a esperança! Ninguém deserte na pacífica batalha iniciada com a Páscoa de Cristo, com as armas da justiça, da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor": Bento XVI na Mensagem "Urbi et Orbi"“Uma Páscoa feliz com Cristo Ressuscitado”. Estes os votos do Papa em português, na Páscoa 2009, dirigindo-se, da varanda central da basílica de São Pedro, sobre a respectiva Praça, completamente repleta, a todos os que o seguiam através da Rádio e da televisão, na conclusão da Missa da Ressurreição. Nas saudações em italiano, Bento XVI não esqueceu “todos os que sofrem por causa do terramoto” de há oito dias atrás, na região do Abruzzo. “Que Cristo ressuscitado – foram os seus votos – guie a todos pelos caminhos de justiça, de solidariedade e de paz, inspirando a cada um a sabedoria e a coragem necessárias para prosseguirem unidos na construção de um futuro aberto à esperança”.


Na sua mensagem Urbi et Orbi, “aos amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro”, Bento XVI, para formular os votos de Páscoa, recorreu às palavras de Santo Agostinho: «Resurrectio Domini, spes nostra – a ressurreição do Senhor é a nossa esperança». Isto é, explicou: “Cristo ressuscitou para nos dar a esperança”.“Uma das questões que mais angustia a existência do homem (observou o Papa) é precisamente esta: o que há depois da morte? A este enigma, a solenidade de hoje permite-nos responder que a morte não tem a última palavra, porque no fim quem triunfa é a Vida. E esta nossa certeza não se funda sobre simples raciocínios humanos, mas sobre um dado histórico de fé: Jesus Cristo, crucificado e sepultado, ressuscitou com o seu corpo glorioso. Jesus ressuscitou para que também nós, acreditando n’Ele, possamos ter a vida eterna”.“Desde a alvorada de Páscoa, uma nova primavera de esperança invade o mundo; desde aquele dia, a nossa ressurreição já começou, porque a Páscoa não indica simplesmente um momento da história, mas o início duma nova condição: Jesus ressuscitou, não para que a sua memória permaneça viva no coração dos seus discípulos, mas para que Ele mesmo viva em nós, e, n’Ele, possamos já saborear a alegria da vida eterna”.


“A ressurreição não é uma teoria (sublinhou o Papa), mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua «páscoa», da sua «passagem», que abriu um «caminho novo» entre a terra e o Céu. Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr do sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo”. E este “anúncio da ressurreição do Senhor ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos”.“Refiro-me de modo particular ao materialismo e ao niilismo, àquela visão do mundo que não sabe transcender o que é experimentalmente constatável e refugia-se desconsolada num sentimento de que o nada seria a meta definitiva da existência humana. É um facto que, se Cristo não tivesse ressuscitado, o «vazio» teria levado a melhor. Se abstraímos de Cristo e da sua ressurreição, não há escapatória para o homem, e toda a sua esperança permanece uma ilusão”.Referindo o “Ano Paulino” em curso, Bento XVI recordou a experiência do grande Apóstolo”: “o renhido perseguidor dos cristãos, a caminho de Damasco encontrou Cristo ressuscitado e foi por Ele «conquistado».” Aconteceu em Paulo aquilo que ele há-de escrever mais tarde aos cristãos de Corinto: «Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. O que era antigo passou: tudo foi renovado!»

“Olhemos para este grande evangelizador que, com o audaz entusiasmo da sua acção apostólica, levou o Evangelho a muitos povos do mundo de então. Que a sua doutrina e o seu exemplo nos estimulem a procurar o Senhor Jesus; nos animem a confiar n’Ele, porque o sentido do nada, que tende a intoxicar a humanidade, já foi vencido pela luz e a esperança que dimanam da ressurreição”.Mas, “se é verdade que a morte já não tem poder sobre o homem e sobre o mundo (advertiu o Papa), restam ainda muitos, demasiados sinais do seu antigo domínio”.“Se, por meio da Páscoa, Cristo já extirpou a raiz do mal, todavia precisa de homens e mulheres que, em todo o tempo e lugar, O ajudem a consolidar a sua vitória com as mesmas armas d’Ele: as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor. Tal foi a mensagem que, por ocasião da recente viagem apostólica aos Camarões e a Angola, quis levar a todo o Continente Africano, que me acolheu com grande entusiasmo e disponibilidade de escuta.De facto, a África sofre desmedidamente com os cruéis e infindáveis conflitos – frequentemente esquecidos – que dilaceram e ensanguentam várias das suas Nações e com o número crescente dos seus filhos e filhas que acabam vítimas da fome, da pobreza, da doença.A mesma mensagem repetirei com vigor na Terra Santa, onde terei a alegria de me deslocar daqui a algumas semanas. A reconciliação difícil mas indispensável, que é premissa para um futuro de segurança comum e de pacífica convivência, não poderá tornar-se realidade senão graças aos esforços incessantes, perseverantes e sinceros em prol da composição do conflito israelita-palestiniano.

Da Terra Santa, o olhar do Papa estendeu-se depois aos países limítrofes, ao Médio Oriente, ao mundo inteiro:“Num tempo de global escassez de alimento, de desordem financeira, de antigas e novas pobrezas, de preocupantes alterações climáticas, de violências e miséria que constringem muitos a deixar a própria terra à procura duma sobrevivência menos incerta, de terrorismo sempre ameaçador, de temores crescentes perante a incerteza do amanhã, é urgente descobrir perspectivas capazes de devolverem a esperança. Ninguém deserte nesta pacífica batalha iniciada com a Páscoa de Cristo, o Qual – repito-o – procura homens e mulheres que O ajudem a consolidar a sua vitória com as suas próprias armas, ou seja, as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor”.




Alegrai-Vos, Virgem Maria. Aleluia Aleluia




Permiti que Vos louve, Virgem Santíssima, Dai-me força contra os vossos inimigos.


Pai Nosso... Ave Maria...


Bem-aventurada sois Vós, Virgem Maria, que levastes em vosso seio o Senhor, Criador do mundo; destes à luz a Quem vos formou e permaneceis Virgem eternamente.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.Alegrai-Vos mil vezes.


Ave Maria...


Santa e Imaculada Virgindade, não sei com que louvores Vos posso exaltar;pois Aquele que os céus não puderam conter, Vós o levastes em vossas entranhas.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes.


Ave Maria...


Sois toda formosa, Virgem Maria, e em Vós não há pecado original.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Ave Maria...


As vossas qualidades, Virgem Maria, são mais numerosas que as estrelas do céu.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Glória ao Pai...


Pai Nosso... Ave Maria...


Glória a Vós, Imperatriz do céu, conduzi-nos convosco aos gozos do Paraíso.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezesAve Maria...


Glória a Vós, Tesoureira das graças do Senhor; dai-nos parte do vosso tesouro.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Ave Maria...


Glória a Vós, Medianeira entre Deus e os homens; tornai-nos propício o Todo-poderoso.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezesAve Maria...


Glória aVós, que esmagais as heresias o e demônio; sede nossa guia piedosa.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Glória ao Pai...


Pai Nosso...


Ave Maria...


Glória a Vós, Refúgio dos pecadores; intercedei por nós junto do Senhor.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Ave Maria...


Glória a Vós, Mãe dos órfãos; fazei que nos seja propício o Pai Todo-poderoso.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Ave Maria...


Glória a Vós, Alegria dos justos; levai-nos convosco às alegrias do céu.


Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Ave Maria...


Glória a Vós, solícita auxiliadora na vida e na morte; conduzi-nos convosco para o Reino do Céu.Alegrai-Vos, Virgem Maria.


Alegrai-Vos mil vezes


Glória ao Pai...


OREMOS


Ave, Maria, Filha de Deus Pai, Ave, Maria, Mãe de Deus Filho, Ave, Maria, Esposa do Espírito Santo, Ave, Maria, Templo da Santíssima Trindade, Ave, Maria, Senhora minha, meu bem, meu amor, Rainha do meu coração, Mãe, vida, doçura e esperança minha muito querida, meu coração e minha alma.Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso, Virgem sobre todas bendita. Venha, pois, em mim a vossa alma para engradecer o Senhor; venha em mim o vosso espírito para rejubilar em Deus. Colocai-Vos, Virgem fiel, como selo sobre o meu coração, para que, em Vós e por Vós, seja eu achado fiel a Deus. Permiti, Mãe de misericórdia, que eu pertença ao número daqueles que amais, ensinais, guiais, protegeis e sustentais como filhos. Fazei que, por vosso amor, despreze todas as consolações da terra e procure sempre as consolações do céu, até que, para glória do Pai, Jesus Cristo, vosso Filho, seja formado em mim pelo Espírito Santo, vosso Esposo Fidelíssimo, e por Vós sua fidelíssima Esposa.


Assim Seja.

domingo, 5 de abril de 2009

Senhora das Dores

Acompanhar Nossa Senhora em todas as fases de sua vida terrestre, admirar os altos desígnios de Deus na pessoa sacrossanta de sua Mãe é sempre delícia para um coração devoto à SS. Virgem. Mais apropriada não podia ser a meditação das dores, senão ocupando-nos com os sete dolorosos lances de sua existência terrena, ou propriamente “as sete dores” tradicionais, contudo em 2000 anos de exitencia, continuamos diariamente a fazer mais dores Aquela a quem fomos dados como filhos, assim todos os dias mais dores voluntárias ou não entregamos a nossa

As Sete dores tradicionais:

1ª - A profecia de Simeão


“Eis aqui está posto este Menino para ruína e para ressurreição de muitos de Israel, e como alvo a que atirará a contradição. E uma espada trespassará tua alma”. (Lc. 2,34)
A esta palavra a SS. Virgem vê de uma maneira clara e distinta no futuro as contradições a que Jesus Cristo será exposto: contradições na doutrina, contradições no conceito público, contradições nos seus santíssimo afectos, na alma e no corpo. E esta previsão dolorosa ficou na alma de Maria durante trinta e três anos. À medida que Jesus crescia em idade, em sabedoria e em graça, no Coração de Maria aumentava a angústia de perder um filho tão caro, pela aproximação da inexorável Paixão e Morte. “O Senhor usa de compaixão para connosco, em não nos fazer ver as cruzes que nos esperavam, e se temos de sofrer, é só uma vez. Com Maria Santíssima assim não procedeu, porque a queria Rainha das dores e toda semelhante ao Filho; por isso ela via sempre diante de si todas as pelas que havia de sofrer” (Santo Afonso)

2ª- A fuga para o Egipto
A profecia de Simeão começou a cumprir-se logo. Jesus apenas nascido, já é cercado pela morte. Para salvá-lo, Maria deve ir para um exílio longínquo, para o Egipto, por caminhos desconhecidos, cheios de perigos. No Egipto a Sagrada Família passou perto sete longos anos como estranha, desconhecida, sem recursos, sem parentes. “A viagem de volta para a Terra Santa apresentou-se mais penosa ainda, porque o Menino Jesus já era tão crescido que, levá-lo ao colo, difícil tarefa devia ser, e fazer a pé o grande trajecto parecia acima de suas forças” (São Boaventura)





3ª- Jesus encontrado no templo entre os doutores da lei

“Há quem diga que toda esta dor não só foi maior de todas que Maria sofreu na sua vida, mas que foi também de todas a mais acerba”.
Nos outros seus sofrimentos tinha ela Jesus em sua companhia; mas agora via-se longe dele, sem saber onde ele se achava. Das outras dores Maria conhecia perfeitamente a razão e o fim, isto é, a redenção do mundo, a vontade divina; mas nesta dor não podia ela atinar com o motivo de Jesus estar longe de sua Mãe. Quem sabe se sua mente não se torturava com pensamentos como este: não o servi como devia, cometi alguma falta, alguma negligência, que motivasse dele se retirar de mim? Certo é que não pode haver pena maior para uma alma que tem amor a Deus, senão o temor de o ter desgostado. Realmente, em nenhuma outra dor, que nós saibamos, Maria se lamentou, queixando-se amorosamente com Jesus, depois de o ter achado:
“Filho, porque fizeste assim connosco? Olha que teu pai e eu te buscávamos aflitos” (Santo Afonso)

4ª - O encontro com Jesus a caminho do Calvário


Pilatos tinha sentimento humano para com Jesus; tivesse ele vencido a sua covardia, talvez o teria salvo do furor da multidão, ainda mais, se à súplica de sua mulher se tivesse unido um pedido da Mãe de Jesus. Maria, porém, não se move naquela hora tremenda, que decide da vida ou da morte de seu Filho, porque sabe, que o Filho podia por si, sem auxílio alheio, livrar-se dos seus inimigos, e se se deixa como um cordeiro levar ao suplício, então é porque o faz espontaneamente, cumprindo a vontade de Deus. Maria ainda não se move, quando a sentença já é irrevogavelmente pronunciada. Vai ao encontro de Jesus que, carregado do peso da cruz, se encaminha para o Calvário. Vê-o todo desfigurado e entregue, coberto de mil feridas e horrivelmente ensanguentado. Seus olhares se cruzam. Nenhuma queixa sai da sua boca, porque as maiores dores Deus lhe reservou para a salvação do mundo. Aquelas duas almas, heroicamente generosas, continuam juntas no seu caminho do sofrimento, até o lugar do suplício.

5ª - Jesus morre na cruz.

Chegam ao Calvário. Os algozes despojam Jesus das suas vestes, pregam-no na cruz, levantam o madeiro e sobre ele deixam-no morrer. Maria agora se aproxima da cruz e perto da cruz fica, e assiste à horrível agonia de três horas. “Que espectáculo ver-se o Filho agonizante sobre a cruz, e ver-se ao pé da mesma agonizar a Mãe, que todas as penas sofria com seu Filho! (Santo Afonso). “O que os cravos eram para o corpo de Jesus, para o coração de Maria era o amor” (São Bernardo). “No mesmo tempo que Jesus sacrificava o corpo, a Mãe imolava a alma” (São Bernardo). E não pode dar ao Filho o menor alívio; ainda saber que o maior tormento para o Filho era ver presente a sua Mãe, que dor, que sofrimento! O único alívio para a Mãe e para o filho era saber, que das suas dores resultava para nós a vida eterna.

6ª- Jesus é descido da Cruz e colocado nos braços de sua Mãe

Jesus morrendo, exclamou: “Consummatum est” – Tudo está consumado. Estava completa a série dos sofrimentos para o Filho, não porém, para a Mãe. Quando ela está chorando a morte do filho, um soldado vibra a lança contra o peito de Jesus, abrindo-o, e sai sangue e água. O corpo morto de Jesus não sente mais a lançada; mas sentiu-a a Mãe no íntimo do coração. Tiram o corpo do Filho da cruz. O Filho é entregue à Mãe, mas em que estado! Antes o mais belo entre os filhos dos homens, agora está todo desfigurado. Antes, era um prazer olhar para ele; agora, seu aspecto é horroroso. Quando morre um filho, trata-se de afastar do cadáver a mãe. Maria, pelo contrário, não deixa que lho tirem dos seus braços, senão quando é para sepultá-lo.


7ª - Jesus é colocado no sepulcro.

“Eis que já o levam para sepultá-lo. Já se põe em movimento o doloroso préstimo. Os discípulos levam o corpo de Jesus sobre os ombros. Os Anjos do céu o acompanham. As santas mulheres seguem e, no meio delas, a Mãe. Querem que ela mesma acomode o corpo sacrossanto de Jesus no sepulcro, precisando por a pedra para fechar o sepulcro, os discípulos precisam dirigir-se à SS. Virgem, e lhe dizer: “Agora é hora de vos despedir, Senhora; deixai que fechemos o sepulcro. Muni-vos de paciência! Olhai-o pela última vez e despedi-vos de vosso filho”. Moveram a pedra e colocaram-na no seu lugar, fechando com ela o santo sepulcro. Maria, dando um último adeus ao Filho e à sepultura, volta para casa” (Santo Afonso). “Voltou tão triste a aflita e pobre Mãe, que todos a viam, dela se compadeciam e choravam” (São Bernardo) Só no nosso coração não haverá lágrimas para Maria? Não choramos nós, que somos a causa de tantas dores? Ah! Se nos faltam lágrimas de sentimento dos nossos olhos sensíveis, choremos pelo menos lágrimas de penitência, expressão ainda do firme propósito, de não mais cometermos pecado algum. Foram os nossos pecados que levaram à morte o nosso Irmão primogénito, e transpassaram o coração dulcíssimo de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.


Esperança Nossa Salve